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Legítima Casca de raiz de
Tabernanthe iboga
A
melhor Iboga do mundo, retirada de plantas com mais de 15 anos. Importada
da África. Altíssima potência, pureza e qualidade! O dobro da potência da
Iboga do shamanic-extracts e pelo menos 10 vezes mais potente que a do
psychoactiveherbs.com.
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IBOGA CONTRA A DEPENDENCIA QUIMICA
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SOMENTE SOBRE ENCOMENDA
Amaral135@gmail.com
Em doses mínimas a Iboga:
- Não apresenta qualquer risco à saúde humana;
- Não provoca dependência de qualquer tipo: psicológica, emocional, mental ou
física;
- Não tem potencial para abuso, pois a utilização em maiores quantidades se
dá em um contexto totalmente diferente, assim como provoca efeitos
marcadamente diferentes que não são tão agradáveis quanto a utilização em
pequenas doses;
- Tem poderoso efeito estimulante sobre o cérebro, que pode durar dias ou
semanas após uma única dose mínima;
- Proporciona grande clareza e acuidade mental, excelente para trabalhos
mentais prolongados;
- É o afrodisíaco mais potente já descoberto na natureza, tem sido utilizado
há milênios e com altíssima taxa de sucesso para aumentar o erotismo dos
casais, evitar o dívorcio, sustentar a ereção por tempo prolongado e aumentar
a intensidade do orgasmo para ambos os parceiros;
- É substituta para a cafeína, a nicotina e a cocaína, porém não cria
dependência devido a seu efeito extremamente duradouro (ao invés de minutos
como no caso das drogas, o efeito da Iboga dura por várias semanas);
- É efetiva em tratar o alcoolismo e a dependência química em nicotina,
cocaina, crack, heroína, anfetaminas e outras drogas. Torna a retirada da
droga um processo extremamente agradável, eliminando quase que totalmente
(senão totalmente) o desejo de fumar, beber ou se drogar, sem crise de
abstinência, sem depressão, sem fissura;
- É excelente para tratar a dependência em caféina;
- É a única substância conhecida que trata o vício em maconha / cannabis,
aliviando quase que totalmente (senão totalmente) o desejo de fumar e os
sintomas da abstinência;
- Reduz acentuadamente compulsões de todos os tipos;
- É um potente inibidor natural do apetite, controlando compulsões
alimentares;
- Trata a depressão, principalmente as mais severas;
- Trata a ansiedade, trazendo conforto e bem-estar por um período de tempo
extremamente longo;
- É particularmente útil para o vício em jogos e prostituição, pois dá à
pessoa maior força de decisão;
- Trata traumas emocionais e psicológicos;
- É o melhor tratamento natural disponível para o Transtorno do Déficit de
Atenção com ou sem Hiperatividade (DDA / TDAH)
5 gramas é o suficiente para aproximadamente 30 dias de tratamento.
Em doses maiores e aplicação única, a
Iboga:
- Proporciona uma experiência de renascimento fascinante;
- Favorece o despertar espiritual;
- Cura a dependência química (o vício) em drogas pesadas como heroína,
cocaína e crack em prazo muito curto, o paciente 'acorda' da sessão sem
qualquer sintoma de abstinência ou qualquer desejo pelas drogas, o índice de
sucesso é superior a 95%;
- Cura traumas emocionais e psicológicos graves, com índice de sucesso
superior a 90%;
A dosagem para este esquema de tratamento varia de 2 a 10 gramas,
dependendo do(a) paciente e da finalidade. Utiliza-se em aplicação única ou a
cada 6 meses para manutenção da abstinência (no caso de tratamento para
dependência química). Acima de 5 gramas recomenda-se acompanhamento de
profissional habilitado. Estamos à disposição.
Contra-indicações:
- Doses maiores não devem ser utilizadas, em hipótese alguma, em conjunto com
outras substâncias psicotrópicas de quaisquer tipo, o que inclui todas as
drogas lícitas e ilícitas;
- Doses maiores não devem ser utilizadas por quem tem doenças do coração, ao
passo que dosagens mínimas são seguras;
- O uso de medicamentos com efeitos colaterais anti-colinérgicos (sobretudo
antidepressivos tricílicos) pode reduzir o efeito da Iboga;
- O uso de medicamentos com efeitos colinérgicos, dopaminérgicos, para tratar
déficits cognitivos, mal de Alzheimer e mal de Parkinson pode aumentar a
intensidade dos efeitos da Iboga, o que exige um cuidado maior na aplicação
da Iboga em altas doses, no tratamento em baixas dosagens pode ser necessário
reduzir a dose diária de Iboga.
Efeitos colaterais:
- São mínimos e desaparecem com rapidez;
- Na aplicação em doses altas pode ocorrer sudorese, tremores, náuseas e
vômitos, efeitos colaterais comuns à maioria das substâncias psicodélicas e
enteógenas, sendo que a Iboga provoca estes efeitos em intensidade muito
menor àqueles observados com a Ayahuasca (Chá do Santo Daime);
- Outro efeito observado, mesmo que em fraca intensidade, é um ligeiro
aumento dos batimentos cardíacos, por isso a aplicação de doses maiores da
Iboga não é recomendada a quem tem problemas de coração.
Nossa
Iboga contém aproximadamente 8% de alcalóides, dos quais, em média, 3/4 (6%)
é Ibogaína.
A utilização da Iboga in natura, tal qual nós a fornecemos, em tratamentos
convencionais praticados pelos Bwitis tem se mostrado muito superior à
aplicação da Ibogaína sintética ou extraida praticada em clínicas de
reabilitação para dependentes químicos. Em primeiro lugar há a questão
energética, o elemental da planta, fato desconsiderado pela medicina
ocidental. Pouco se conhece sobre os outros alcalóides que compõem a Iboga,
no entanto a experiência milenar demonstra que eles atuam sinergicamente para
proporcionar os efeitos completos da planta, sobretudo os marcantes efeitos
afrodisíacos e antidepressivos, que estão ausentes na Ibogaína sintética. É
preciso saber que a Ibogaína só é utilizada em substituição à Iboga na falta
desta in natura e também diante da raridade do material, não como a melhor
opção terapêutica. Como muitos médicos e terapêutas não conseguem obter o
material in natura, somente a Ibogaína sintetizada por laboratórios,
necessitam afirmar as qualidades desta, e, por vezes, supôr que a Iboga in
natura pode possuir alguma toxidade 'desconhecida' e 'ainda não documentada',
o que é uma falácia. A cultura milenar Bwiti e as clínicas de reabilitação do
Gabão utilizam apenas a Iboga in natura e obtém os resultados mais
fantásticos já documentados, o que prova a superioridade da erva em sua
complexidade, fruto de um história muito longa de simbiose com os seres
humanos.
Da planta iboga é extraída a ibogaína, uma substância psicodélica que faz
sonhar por 12 horas e é cada vez mais usada contra a dependência química

AVAL DA CIÊNCIA> Boa parte dos cientistas torce o nariz diante
da ideia de se usar uma fortíssima droga psicodélica para se tratar
dependentes químicos. Porém, o crescimento no número de terapias
bem-sucedidas e o início de novos estudos deram mais credibilidade à prática.
Um deles começou em julho, conduzido pela Associação Multidisciplinar para
Pesquisa de Psicodélicos (MAPS, na sigla em inglês), de Santa Cruz, na
Califórnia. De acordo com a entidade, trata-se da primeira pesquisa sobre os
efeitos de longo prazo da ibogaína na luta contra o vício. O levantamento é
feito em cima de usuários de heroína, tratados com a droga por uma clínica do
México, a Pangea Biomedics. O interesse dos pesquisadores surgiu após estudos
que mostram os benefícios da prática. “Há cada vez mais aceitação por parte
da comunidade científica”, afirma Randolph Hencken, diretor de comunicação da
MAPS. Os pacientes da Pangea são, em boa parte, americanos que cruzam a
fronteira para receber um tratamento considerado ilegal nos EUA (embora a
pesquisa seja permitida por lá). A ibogaína também é proibida na Dinamarca,
na Bélgica, na Suécia e na Suíça. Já no Gabão, é considerada tesouro
nacional. Na África Central, curandeiros usam a raiz em rituais contra as
chamadas “doenças do espírito”.
Um deles, da religião Bouiti no Camarões, faz com que o participante
coma uma grande quantidade de iboga (que pode chegar a 500 g) enquanto um
grupo canta, toca e dança a noite inteira. A cerimônia de três dias pode
produzir um coma induzido — o que é entendido como uma viagem ao mundo dos
mortos. O objetivo, dizem, é receber revelações, curar doenças ou
comunicar-se com aqueles que já morreram. Trabalho da antropóloga paulistana
Bia Labate, que estudou a droga, afirma que “acredita-se que os pigmeus
tenham descoberto a iboga em tempos imemoriáveis”.
A primeira pesquisa brasileira no assunto está prevista para começar
no ano que vem, sob orientação do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira,
coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ainda que os resultados sejam
positivos, não há chance de cápsulas de ibogaína chegarem às farmácias tão
cedo. “Sob estrita supervisão médica, a droga poderia se tornar um
medicamento, mas custaria milhões de dólares em estudos e ainda não há
investidores para tanto”, diz Hencken.
Comprimidos feitos com substância da raiz dos arbustos africanos
Crédito: divulgação
O EFEITO> Ainda não se sabe exatamente como essa substância atua no
combate à dependência, mas dezenas de pesquisas em animais e humanos indicam
que age em dois níveis: tanto na química cerebral como na psicologia do
dependente. Por um lado, a droga estimula a produção do hormônio GDNF, que
promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões
neuronais. Isso permitiria reparar áreas do cérebro associadas à dependência,
além de favorecer a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis
pelas sensações de bem-estar e prazer. Isso explicaria o desaparecimento da
fissura relatado pelos dependentes logo após sair de uma sessão.
Na outra frente, a ibogaína promoveria uma espécie de psicoterapia
intensiva ao fazer o paciente enxergar imagens da própria vida enquanto a
mente fica lúcida. Estas visões não seriam alucinações, como as imagens de
uma viagem de LSD. É como sonhar de olhos abertos, o que ajudaria os
dependentes a identificar fatores que os teriam empurrado para as drogas em determinados
momentos da vida. Estudos com eletroencefalogramas feitos pela Universidade
de Nova York, nos Estados Unidos, apontaram que ondas cerebrais de um
paciente que tomou ibogaína têm o mesmo comportamento daquelas de alguém em
REM (a fase do sono em que sonhamos). “O sonho renova a mente e, se no sono
comum temos apenas cinco minutos de sonho a cada duas horas, na ibogaína são
12 horas de sonho intensivo”, aponta o gastroenterologista Bruno Daniel
Rasmussen Chaves, que estuda o tema desde 1994 e participará da pequisa da
Unifesp.
RISCOS> No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) informa que não há restrições legais à ibogaína, mas seu
uso como medicamento não está regulamentado. Por isso, os tratamentos são
considerados experimentais e as clínicas não fazem propaganda. A importação é
feita pelos próprios pacientes, que pagam cerca de R$ 5 mil por uma sessão
com o derivado da raiz. Após passar por exames médicos, o dependente ingere
as cápsulas, deita-se em uma cama e deixa sua mente navegar pelos efeitos,
que podem durar até 72 horas. Durante esse tempo, médicos monitoram o
paciente. Vale dizer que a literatura médica registra 12 óbitos associados ao
uso de ibogaína nas últimas quatro décadas, provocados por diminuição na
frequência cardíaca (o equivalente a uma morte a cada 300 usuários). No
entanto, estudos de Deborah Mash, neurologista da Universidade de Miami, nos
Estados Unidos, que já acompanhou o tratamento de cerca de 500 pacientes,
apontam que não há registro de morte por ingestão de ibogaína em ambiente
hospitalar. É preciso que o paciente chegue “limpo” à sessão. “As mortes
registradas ocorreram em tratamentos de fundo de quintal, em que as pessoas
fizeram uso concomitante de ibogaína e outras substâncias”, afirma Chaves.
NÃO HÁ FÓRMULA MÁGICA> Estudiosos e pacientes avisam: a
droga não é uma poção mágica. Para se livrar da dependência, Wladimir Kosiski
aliou o tratamento à psicoterapia e mudança drástica de hábitos. Voltou a
trabalhar, a estudar e nunca mais pisou no local onde comprava crack. Não foi
isso o que fez o professor Gilberto Luiz Goffi da Costa, 44 anos, que se
tratou com ibogaína pela primeira vez em 2005. Viciado em drogas desde os 14
anos, Gilberto já acumulava 18 tratamentos fracassados contra dependência. Volta
e meia, dormia nas ruas de Curitiba e praticava roubos para comprar crack: já
havia sido preso cinco vezes. Após usar ibogaína, achou que estava curado.
“Tive uma sensação de bem-estar, mas é um efeito que se perde depois”,
afirma. Estava livre do desejo, mas continuou a frequentar os mesmos
ambientes e amigos com quem dividia drogas. Em pouco tempo, foi dominado
novamente pelo crack. “A ibogaína retira a fissura, mas a pessoa pode
continuar a usar droga mesmo sem vontade, como alguém que estraga um regime
por gula, não por fome”, diz Chaves. Gilberto só conseguiu permanecer “limpo”
após a terceira vez que se tratou, em 2008, quando aliou a substância a uma
troca completa de atitudes, seguindo o método dos Narcóticos Anônimos. Sem
consumir drogas há dois anos, hoje dá aulas de línguas e é consultor no
tratamento de outros dependentes. Ao contrário da viagem pelo mundo dos
mortos em uma sessão dos rituais africanos, a ibogaína ajudou o curitibano,
pouco a pouco, a permanecer no mundo dos vivos.
Ao estudar a iboga, planta alucinógena usada para fins ritualísticos
por tribos da África ocidental, neurocientistas descobriram que seu principal
composto químico (ibogaína) podia ser usado para tratar o abuso de vários
tipos de drogas. "Quando administramos ibogaína a uma pessoa, a produção
da proteína Fator Neurotrófico Derivado de Linhagem de Célula Glial (GDNF)
aumenta no cérebro", explicou ao Correio a israelense Dorit Ron,
especialista do Centro de Pesquisas e Clínica Ernest Gallo, afiliada à
Universidade da Califórnia-San Francisco (UCSF). "Essa proteína faz com
que o consumo de álcool diminua", acrescentou.
Tudo ocorre na área tegmental ventral (VTA), região do cérebro
envolvida no comportamento da compulsão pela droga. "Não podemos usar a
ibogaína em dependentes de álcool porque, além de provocar visões, ela causa
tremores e muda o ritmo cardíaco", disse Ron. Por isso, ela e sua equipe
buscaram um meio-termo entre as ações desejáveis desse alucinógeno e seus
efeitos colaterais. E encontraram a GDNF.
Ao aumentar o nível dessa proteína no cérebro de ratos, Ron conseguiu
provar pela primeira vez que ela bloqueia o relapso - a retomada do vício
tempos depois. "O que descobrimos foi que ao injetarmos a GDNF no
cérebro dos roedores, eles consumiram menos álcool", afirmou a
israelense. O estudo, divulgado na edição de segunda-feira da revista
científica The Proceeding of the National Academy of Sciences, foi dividido
em três fases.
Na primeira etapa, especialistas reproduziram, com as cobaias animais,
o consumo social de bebida e a compulsão pelo álcool. Os ratos foram
treinados para ingerir álcool por dois meses. Após esse tempo, Ron e sua
equipe aplicaram a proteína na VTA do cérebro dos roedores e tiveram uma
surpresa: o desejo de beber caiu de modo significativo 10 minutos depois. O
efeito durou três horas. "Tentamos entender o que ocorria com os ratos
se recebessem altas doses de álcool por um longo período de tempo e depois
tivessem acesso a uma grande quantidade da substância. A GDNF funcionou da
mesma forma que com a ibogaína", explicou a líder da pesquisa.
Segundo ela, a ativação da VTA - região do cérebro ligada à sensação
de recompensa - torna as drogas mais "prazerosas", o que
desencadeia o abuso de substâncias químicas. "A VTA é a principal área
do cérebro na qual a proteína GDNF atua na prevenção do consumo excessivo de
álcool", comentou a israelense.
Comportamento relapso
Na segunda parte do estudo, os ratos tiveram acesso a água adocicada. Depois
da injeção de GDNF, os animais continuaram a buscar o açúcar - uma evidência
de que o aumento da proteína não reduz outros comportamentos relacionados ao
prazer, ao contrário do alcoolismo. Na última etapa da pesquisa, os
cientistas simularam o comportamento relapso. Dessa vez, os animais foram
treinados para consumir álcool após pressionarem uma alavanca. Quando os
ratos se tornaram altamente motivados a buscar a substância, Ron e sua equipe
vetaram o acesso à droga. Os cientistas perceberam que vez ou outra os
roedores desistiam de acionar o sistema. Com a reintrodução do álcool, eles
tornaram a pressionar a alavanca para obter a mesma quantidade de bebida. Assim
que receberam a GDNF, perderam rapidamente o gosto pela droga. "Nessa
fase, investigamos o comportamento relapso, no qual as pessoas param de beber
por vários anos e, depois de um único gole, voltam ao vício", disse
Dorit Ron.
A neurocientista da UCSF admite que falar em cura imediata do
alcoolismo é um exagero. "Eu diria que a GDNF pode ser vista como um
passo rumo à cura", afirmou. "Na verdade, vai contribuir com a
criação de novos medicamentos para tratar a doença." Os especialistas
analisam agora se alguma droga já aprovada pela FDA - agência reguladora de
remédios e alimentos nos Estados Unidos - poderia estimular a atividade da
GDNF no cérebro.
As drogas ditas psicotrópicas ou psicoativas são aquelas que atuam
sobre o SNC - Sistema Nervoso Central. Pouco existe na natureza vegetal que o
homem já não tenha cheirado, engolido, fumado. É a eterna busca de alívio
para as dores ou do simples prazer. Por estas razões o termo drogasé complexo
e multidimensional. Misto de remédio e satisfação pessoal. É o balanço nocivo
da nicotina (estimulante) e dos hidrocarbonetos cancerígenos do tabaco. É a
competição entre o THC (tetrahidrocanabinol) da maconha antiglaucoma e entorpecedor
do cérebro. É a luta entre a profunda anestesia da heroína e a destruição do
ser de cada um. O delirium tremens ou uma das síndromes da abstinência para
um viciado é uma manifestação adiantada deste efeito destruidor, no caso, da
mais comum de todas as drogas: o álcool.
Há, em solo africano oeste, uma rubiácea aparentada com o café
Tabernanthe iboga - consagrada há milênios nos ritos tribais.
O extrato das raízes e casca do caule desta planta é capaz de
antagonizar e anular a ação de uma série de alcalóides ou compostos orgânicos
nitrogenados de intensa bioatividade sobre o cérebro (cocaína, heroína,
morfina, dentre outros). Seu princípio ativo é um alcalóide indólico
alucinogênico designado de ibogaína. Vantajosamente, não gera dependência
química em quem o toma. Logo, ainda mais vantajosamente, pode substituir os
longos tratamentos de drogadictos com a sintética metadona, pois uma única
dose é suficiente. É bioativa também contra a dependência da nicotina
(tabagismo) e do alcoolismo. Há mais de 30 anos de experiência positiva no
tratamento à base de ibogaína e Howard Lotsof foi o pioneiro nesta
investigação, sendo ele mesmo uma cobaia por se tratar de um heroinômano. Uma
grande ajuda é a pré-disposição do paciente ou dependente em deixar o vício. Nos
EUA a droga foi inicialmente comercializada com o nome Endabuse e tem
provocado querelas enormes nos tribunais e hospitais, pois há o claro
interesse da exploração comercial calçado na obtenção de uma patente pelo
próprio Lotsof.
O cientista Stanley Glick, do Albany Medical College, esclareceu uma
parte importante do mecanismo de ação da ibogaína, pois a injeção desta
seguindo à outra da droga-base, morfina, implicou em bloqueio na liberação de
dopamina, um neurotransmissor envolvido na geração de sensação de prazer. A
partir da observação, os ratos ensaiados parecem perder todo interesse por
novas doses de morfina. Os ensaios experimentais prosseguem nos EUA desde
1993 mas o uso da ibogaína ainda segue restrito. Outro alegado é que um
centro caribenho, longe destas restrições, oferece a cura total de um
drogadicto por um preço até módico, de US$ 12 mil Neurológica e
farmacologicamente, a ibogaina é um antagonista nos receptores para do
N-metil-D-aspartato (NMDA).
A ibogaína tampouco é um mar de rosas em seus ainda pouco
compreendidos efeitos de anti-adicção: causa ataxia (perda da coordenação
muscular), náusea, vômito e hipertensão. Além de tremores e alucinações (fato
explorado pelos afro-usuários).
Glick tratou de usar sua especialização para criar um análogo da
ibogaína que fosse privado de efeitos paralelos alucinogênicos. Sintetizou
então a MC-18 (18-metoxi-coronaridina), com sucesso. (v. comparativo da fig.
2).
A luta pelos direitos propriedade intelectual persiste. Enquanto isto
aumenta, significativamente, o número de drogados. Lá e aqui.
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